Artigo: A caminho do céu - reflexões em torno da morte e de um monumento funerário do cemitérios dos prazeres
Artigo: A caminho do céu - reflexões em torno da morte e de um monumento funerário do cemitérios dos prazeres
Ao transpormos o acesso principal, entramos num espaço imponente, digno, sacro, poético, elegíaco, romântico, de grande respeitabilidade, onde se evocam insignes memórias, poderosos sentimentos, que podemos encontrar materializados na pedra branca dos seus Monumentos, nas constantes inscrições epigrácas com que nos deparamos, nos símbolos mais diversicados, nas suas expressivas estátuas, existentes por entre uma egrégia atmosfera, perfumada pelo aroma suave dos ciprestes (que nos surgem com grandes chamas evocaticas, apontando para a imensidão do azul do céu) e suavizada pelo canto de diversas aves, como belos melros, que também podem ser apreciados neste autêntico Museu a céu aberto, neste lugar surpreendente, apaixonante e fantástico que é o, patrimonialmente riquíssimo, Cemitério dos Prazeres, a antiga necrópole Oitocentista da zona Ocidental de Lisboa.
Texto de ARTUR JORGE VIEIRA DE JESUS
Licenciado em História e Técnico Superior na Administração Local
Fonte: Revista Cidade Solidária n.º 27/28
Edição: SCML, 2016